Transtorno do Processamento Auditivo Central – TPAC

O Processamento Auditivo Central (PAC). É um conjunto de habilidades do Sistema Nervoso Central (SNC), a qual permite o cérebro processar os estímulos auditivos recebidos pelo ouvido. E quando uma dessas habilidades trabalham de forma desordenada acontece o que chamamos de Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC).

O TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO.

A causa do TPAC pode ser de causas variada, porém, a mais comum é o fator genético e acomete tanto criança quanto adultos. Quando o PAC da pessoa não está funcionando bem, ela apresenta dificuldade na interpretação das informações auditivas, ou seja, a pessoa ouve os sons normalmente, mas tem dificuldade de interpretá-los. Afetando assim, a capacidade do individuo em compreender a fala e até mesmo o processo de aprendizagem.

O TPAC vem acompanhado de vários sintomas, e assim que observados, é importante realizar o exame do processamento auditivo central para verificar se o mesmo apresenta alguma desordem.

Sintomas do TPAC

  • Dificuldade de compreensão, apesar de ter audição normal;
  • Dificuldades em discriminar entre dois ou mais sons;
  • Dificuldade para acompanhar a conversação em ambientes ruidosos;
  • Dificuldade em localizar o som;
  • Dificuldade em aprender músicas e ritmos;
  • Solicitação constante de repetição;
  • Dificuldade em seguir instruções orais;
  • Dificuldades em ler, compreender e soletrar
  • Baixo desempenho acadêmico.
  • Geralmente apresenta atraso na aquisição da fala;

Diagnosticando o TPAC

 A avaliação do processamento auditivo é realizada por uma fonoaudiólogo, que realiza exames de audiometria e imitanciometria para verificar se a pessoa não tem nenhum problemas de acuidade auditiva. Após isso a pessoa é submetida a testes de habilidades auditiva. Esse exame é recomendado para ser feito a partir dos 7 anos.

Tratando o transtorno do processamento auditivo central

O profissional capacitado para tratar o TPAC é o fonoaudiólogo, e a partir do resultado do exame do processamento auditivo central, o profissional vai elaborar terapias voltadas para a adequação das habilidades alteradas. Esse tratamento pode ser feito em cabine acústica ou em campo.

 

 

 

Processamento Auditivo Central – PAC

O Processamento Auditivo Central (PAC). É um conjunto de habilidades do Sistema Nervoso Central (SNC), a qual permite o cérebro processar os estímulos auditivos recebidos pelo ouvido.

Falando de uma forma simples, o PAC é o que o cérebro faz com o que ouvimos

Como já citado, o PAC é um conjunto de habilidades auditivas e cada uma delas tem uma grande importância para o desenvolvimento e aprendizagem no decorrer da vida do ser humano.

HABILIDADES AUDITIVAS DO PAC:

  • Atenção;
  • Detecção;
  • Localização;
  • Discriminação;
  • Localização;
  • Figura-fundo;
  • Integração binaural;
  • Separação binaural;
  • Fechamento auditivo;
  • Ordenação temporal.

COMO FUNCIONA O PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL

Após o som ser detectado pelas células responsáveis pela audição, ele sofre inúmeros processos fisiológicos e cognitivos, para que seja decifrado e compreendido.

Quando ouvimos algo, acontece as seguintes etapas: detecção do som, discriminação do som, reconhecimento, localização da fonte sonora e a compreensão do som. E todas essas habilidades estão ligadas a atenção e memória.

Uma simples desordem de um desses processos, pode fazer com que a pessoa não consigo interpretar ou compreender os estímulos sonoros. Causando um transtorno do processamento auditivo central (TPAC).

 

 

TDAH e suas comorbidades

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico geralmente de causa genética, hereditário. Entretanto, fatores como nascimento com baixo peso, prematuridade e o uso de cigarro pela mãe durante a gestação também podem desencadeá-lo.

Os sintomas do TDAH começam a aparecer frequentemente na infância, manifestando-se durante toda a vida do indivíduo. Por se tratar de um transtorno, e não de uma doença, não tem cura, mas existe a possibilidade de tratamento.

Sintomas do TDAH

  • Excesso de energia;
  • Irritabilidade;
  • Desatenção;
  • Agitação fora de hora;
  • Dificuldade de organização;
  • Problemas de memorização;
  • Baixo rendimento escolar;
  • Dificuldade de concentração;
  • Dificuldade em esperar;
  • Inquietação;
  • Fala acelerada;
  • Na adolescência, envolvimento frequente em brigas;
  • Na vida adulta,pode apresentar insubordinação no trabalho e dependência alcoólica e/ou uso de drogas.

Tipos de TDAH

Diferente do que se acredita, nem sempre o indivíduo com TDAH é uma pessoa extremamente agitada. Tal mito faz com que pessoas que não apresentem esses sintomas não recebam o diagnóstico e tratamento eficazes, por isso é importante saber que o TDAH é dividido em três tipos:

  • Hiperativo: É caracterizado quando o sujeito apresenta uma agitação fora do comum;
  • Desatento: É caracterizado quando o sujeito perde a atenção com muita facilidade;
  • Combinado/Misto: Ocorre quando o indivíduo apresenta tanto os sintomas de hiperatividade quanto os de desatenção.

Comorbidades

É comum que os portadores do TDAH sofram de outras comorbidades associadas, como as elencadas a seguir:

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por médicos psiquiatras e/ou neurologistas, e o tratamento é feito de acordo com as necessidades do paciente. Geralmente é necessário o uso de medicamentos e o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada por psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo.

 

 

Transtornos de Aprendizagem

As causas mais comuns para os transtornos de aprendizagem são os danos de origem neurobiológica, as alterações cerebrais e as, intercorrências no parto. Porém, vale ressaltar que problemas ambientais como desnutrição e falta de estímulo podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos.

Hoje vamos falar um pouco sobre os transtornos mais conhecidos: 

– Dislexia;

– Disgrafia

– Discalculia.

DISLEXIA

A dislexia é um distúrbio genético que causa principalmente dificuldade na leitura e na escrita. O cérebro de uma pessoa disléxica não consegue relacionar o som das letras nem organizá-las de forma ordenada para escrever e ler as palavras. Por essa razão, trata-se de um transtorno que afeta muito a vida escolar das crianças.

Sinais de dislexia

  • Atraso ou dificuldade na fala;
  • Dificuldade de localização ou orientação espacial;
  • Confusão no uso de palavras com sons semelhantes (faca – vaca);
  • Troca de letras com sons parecidos (b – p, v – f);
  • Troca na ordem das letras; ( fraco – farco, sapato – pasato);
  • Escrita de letras e números espelhados, ou seja, ao contrário;
  • Escrita com erros ortográficos.

DISGRAFIA

A disgrafia está associada a um problema psicomotor e sua principal característica é a dificuldade na fluência da escrita, ocasionando o que é popularmente chamado de “letra de garrancho”. Muitas vezes a disgrafia é confundida com a dislexia, mas é válido lembrar que são transtornos diferentes e que não necessariamente a pessoa que sofra de um deles apresentará também o outro.

Sinais de disgrafia

  • Problemas de caligrafia;
  • Excesso de força no lápis ou na caneta ao escrever;
  • Troca de letras semelhantes;
  • Acréscimo ou omissão de letras;
  • Inversão da ordem das sílabas;
  • Uso inadequado de separação de sílabas;
  • Dificuldade para realizar cópias;
  • Escrita irregular no formato (pode começar escrevendo em letra bastão e terminar escrevendo em letra cursiva).

DISCALCULIA

A discalculia é uma alteração neurológica e sua principal característica é a dificuldade para lidar com números e cálculos. Esse transtorno pode ser causado também por um problema de percepção visual. Pessoas com discalculia frequentemente têm dificuldades em atividades nas quais é necessário manipular números.

Sinais de discalculia

  • Dificuldade para fazer contas matemáticas simples;
  • Confusão com os sinais matemáticos (+, -, x);
  • Dificuldade de orientação espacial e de lateralidade;
  • Inabilidade para contar;
  • Dificuldade com processos sequenciais (por exemplo: falar uma receita na ordem);
  • Dificuldade para identificar em uma ordem qual é o número maior e qual é o número menor.

 

Embora nenhum dos transtornos de aprendizagem acima citados tenham cura, todos eles têm tratamento. O diagnóstico geralmente é feito de forma clínica e ainda durante a infância, logo que a criança inicia seu processo de alfabetização, pois é a partir desse momento que os sinais dos transtornos ficam mais evidentes.

A intervenção multidisciplinar, aliada ao apoio da escola e dos familiares, é de extrema importância para o desenvolvimento escolar, e assim que os primeiros sintomas são notados é necessário encaminhar a criança para a avaliação e acompanhamento dos profissionais especializados (neurologista infantil, fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagogo).

Respiração Oral e Distúrbio de Aprendizagem

A síndrome da respiração oral trás várias consequências e hoje vamos falar um pouco sobre as influências que esse distúrbio causa na aprendizagem.

Sabe-se que para uma aprendizagem eficaz, é necessário não apenas que pessoa esteja atenta, mas também com seu foco voltado totalmente para o conteúdo em questão. Porém, uma das características da síndrome é justamente a falta de atenção e concentração. Isso acontece pelo fato da criança ter um sono pouco reparador e consequentemente sono durante o dia.

Além dos problemas que foram citados acima, é importante ressaltar que a síndrome acarreta em um desequilíbrio respiratório. Pois o portador inspira mais ar do que expira. Por consequência, aumentam as chance de desenvolver alterações como: ansiedade, inquietação, hiperatividade e agitação, assim como os problemas de aprendizagem.

 

COMO SABER SE É A RESPIRAÇÃO ORAL QUE ESTÁ ATRAPALHANDO O APRENDIZADO DA CRIANÇA

Para saber se a criança está sendo prejudicada na sua capacidade de aprendizagem é importante que os pais e professores estejam atentos a alguns fatores:

  • A criança é desatenta;
  • Perde o foco com facilidade;
  • Tem sono durante o dia;
  • Esquece rapidamente o que aprendeu;
  • É agitada;
  • Dorme de boca aberta;
  • Tem sialorreia noturna;
  • Apresenta algum hábito oral (roer unha, uso de chupeta)
  • Episódios de rinite e/ou outras doenças respiratórias de repetição;
  • Faz uso de aparelho ortodôntico;
  • Fica de boca aberta quando está prestando atenção em outra coisa;
  • Tem dificuldade mastigatória

Se a resposta for sim para mais de duas perguntas, procure um fonoaudiólogo e/ou um otorrinolaringologistas para fazer uma avaliação adequada. Quanto antes for feito o diagnóstico mais eficaz será o tratamento.