Quando o bebê começa a falar?

Quando o bebê nasce, existem várias expectativas no decorrer do seu desenvolvimento. E uma delas é: Quando o bebê começa a falar? Qual vai ser a primeira palavrinha? E o texto de hoje é para te responder essas perguntas e um pouquinho mais.

As primeiras palavrinhas, aquelas que tem realmente significado. Começam a aparecer por volta dos 12 meses de idade, porém, pode ocorrer um pouquinho antes ou um pouquinho depois. Geralmente são palavras como mama (mamãe) papa (papai), bobo (vovó). 

Mas para o bebê chegar à fase da fala, ele passa por algumas etapas, e elas são essenciais para o desenvolvimento da fala contextualizada do bebê.

Etapas que antecedem a fala

A primeira etapa é a observação: Essa observação se faz de forma visual e auditiva. O bebê começa a observar os movimentos, os gestos, os movimentos da sua boca ao falar. Escuta o som da sua voz, daquele brinquedo que faz barulho. E toda essa observação é a base da pirâmide da fala.

Em seguida vem a imitação e interação: Nessa fase, o bebê além de observar o que você está fazendo, ele também tenta te imitar e começa a interagir com você. ele já sorri quando você conversa com ele, vocaliza sons e dá gritinhos para interagir na conversa ou chamar a sua atenção.

O Terceira etapa é a compreensão: Essa etapa é muito importante, pois a o bebê começa a compreender que aquele conjunto de sons significa aquela determinada coisa. Nessa fase, se alguém chama o bebê pelo nome dele, ele será capaz de entender que estão chamando ele. Será capaz de apontar para um objeto que já foi apresentado várias vezes para ele.

Após a compreensão vem a  fase da pronúncia: Aqui é quando o bebê começa a falar as primeiras palavrinhas. E a cada dia que passa, ele aprende novos sons e novas palavras, até finalmente chegar na última etapa da fala.

Falar de igual para igual com o adulto: Essa etapa é a ponto mais alto da pirâmide, e para chegar até ela é necessário muito estímulo em cada uma das etapas anteriores. 

 

 

Marco de Desenvolvimento da Linguagem

Engana-se quem acha que linguagem é apenas o ato de falar. os conceitos de comunicação vão muito além disso. O marco de desenvolvimento da  linguagem começa a partir dos primeiros dias de vida e começa bem antes da aquisição da fala. Abaixo é possível observar o desenvolvimento da linguagem durante o crescimento do bebê

Marco de Desenvolvimento da Linguagem – 1 mês de vida aos 6 anos de idade

  • 1 a 3 meses – O bebê se comunica através do choro e faz alguns sons com entonação diferente. Se acalma com a presença de pessoas que cuidam dela. Sorri e presta atenção quando falam com ele.
  • 4  a 6 meses – Começa a procurar de onde está vindo o som. Usa gritinhos para se comunicar e tenta vocalizar quando alguém está conversando com ele.
  • 7 a 11 meses – Aprende a dar tchau, apontar, bater palma. Emite sons e tenta repetir palavras.
  • 12 meses – Já sabe seu próprio nome quando alguém o chama. Começa a falar as primeiras palavrinhas, faz imitação de ações e compreende ordens simples (“manda um beijo”, dá tchau”).
  • 18 meses – Já sabe formar frases curtas e simples com 2 a 3 palavras.
  • 2 anos – Tem um vocabulário maior, com aproximadamente 300 palavras. Já faz perguntas sobre as coisas (o que é isso?). Forma frases e compreende quando estão falando.
  • 3 anos – Nessa idade as pessoas já conseguem entender tudo o que a criança fala, porém ainda apresenta bastante erros. (gramaticais, inversão de sílabas e etc.).
  • 4 anos – A criança já questiona sobre as coisas e tem capacidade de contar e inventar histórias. Porém, ainda pode apresentar erros gramaticais na fala.
  • 5 anos – Tem um vocabulário semelhante de um adulto e fala corretamente. Sem trocas gramaticais ou inversão de sílabas na fala.
  • 6 anos – Começa a ser alfabetizado e inicia o processo de aquisição de leitura e escrita.

QUANDO DEVO PROCURAR UM PROFISSIONAL PARA O MEU FILHO?

Se o seu filho já completou 1 ano e 6 meses e ainda não fala, demonstra dificuldade para compreender quando estão falando com ela ou faz pouca imitação. Chegou a hora de procurar um fonoaudiólogo para avaliar e identificar quais as causas para o atraso da fala e linguagem.

Apraxia de Fala

Seu filho compreende tudo o que você fala, consegue seguir e executar ordens com facilidade, mas na hora que ele tenta falar parece que alguma coisa trava no meio do caminho e nada sai direito? Isso pode ser apraxia de fala.

O que é apraxia de fala

A apraxia de fala pode até parecer um problema de linguagem, mas na verdade é um problema motor. Isso porque a apraxia de fala é um distúrbio neurológico que afeta a execução motora dos sons da fala.

Ou seja, a criança sabe o que quer falar mas na hora de executar os movimentos motores necessários para produzir os sons da palavra ela não consegue, fazendo com que sua fala seja pouca compreendida.

Por se tratar de um diagnóstico pouco conhecido, sobretudo no Brasil, muitas crianças são diagnosticadas erroneamente com algum distúrbio de linguagem ou autismo, resultando em um tratamento inadequado e ineficaz.

Diagnóstico 

Por se tratar de um problema de fala, o fonoaudiólogo é o especialista qualificado para diagnosticar a apraxia de fala, e em alguns casos se faz necessário encaminhar o paciente para outros profissionais, como neuropediatra, terapeutas ocupacionais, entre outros;

Geralmente o paciente é diagnosticado a partir dos 2 anos, isso porque, antes dessa idade a criança não consegue compreender e nem executar os comandos solicitados pelo profissional.

Sintomas

  • São bebês quietos que produzem pouco som;
  • Dificuldade para produzir fonemas (vogais ou consoantes);
  • Trocas constantes na fala;
  • Fala ininteligível ou de difícil compreensão;
  • Pouca melodia de fala, apresentando uma fala monótona;
  • Apresenta dificuldades para fazer movimentos com a boca, como por exemplo, mandar beijo, estalar a língua, fazer bico seguido de sorriso; problemas de mastigação;
  • Frequentemente apresentam dificuldades na execução dos movimentos motores finos, como amarrar sapato, segurar um lápis, abotoar uma camisa ou amarrar um cadarço.

Tratamento

Felizmente, a apraxia de fala tem cura e quanto antes a criança iniciar as terapias, melhor o prognóstico. o tratamento vai de acordo com o grau de severidade, nos casos mais leves possivelmente somente a intervenção fonoaudiológica ajuda, porém, em alguns casos se faz necessário a intervenção multidisciplinar com terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e neuropediatras. 

Os Benefícios da Fonoaudiologia na Deficiência Intelectual

Pessoas com Deficiência Intelectual, seja causada por um distúrbio que altera o desenvolvimento do cérebro ou de causa genética, tais como:

  • Síndrome de Down,
  • Síndrome do x frágil,
  • Paralisia Cerebral,
  • Desnutrição infantil,
  • Tumor cerebral,
  • Meningite,
  • Rubéola;
  • Prematuridade;
  • Uso de bebidas alcoólicas, cigarro ou entorpecentes pela mãe durante a gestação,
  • entre tantos outros.

Apresentam déficits relacionado as habilidades cognitivas. Entre elas encontra-se alteração no desenvolvimento da fala e linguagem.

Levando em consideração que esses dois requisitos são os principais meios de socialização e interação com o outro, a intervenção fonoaudiológica é de extrema importância e pode acrescentar uma melhor qualidade de vida para para esses indivíduos.

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

O principal objetivo da terapia é desenvolver a capacidade de comunicação desses pacientes, sendo importante lembrar que cada caso tem uma resposta diferente do outro.

Nos graus mais leve, é possível que o paciente alcance a comunicação oralizada. Porém, nos casos mais severos, muitas vezes a pessoa com deficiência intelectual não consegue alcançar a comunicação oral de forma efetiva e funcional. Logo, a terapia visa o uso de comunicação alternativa.

 

OPÇÕES DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

 

  • Mimica e gestos
  • Imagens e/ou fotos;
  • Expressões faciais e corporais;
  • Objetos concretos e miniaturas;
  • Figuras de ações sequenciais;
  • Cartões de comunicação;

 

 

 

Dessa forma, concluímos que o papel da fonoaudiologia é essencial para contribuir nos aspectos sociais e comunicativos nos indivíduos portadores de deficiência intelectual. Bem como no aumento da sua autonomia e qualidade de vida.

Quando é a Hora de Levar Meu Filho ao Fono?

As primeiras palavras da criança aparece a parti do primeiro ano de vida e termina de se desenvolver completamente até os 5 anos de idade.

Porém, em alguns casos o desenvolvimento da fala não acontece dentro do período ou da forma mais adequada. E é justamente ai que os pais começam a se questionar se seu filho tem algum problema e se devem ou não procurar ajuda profissional.

Quando Levar Meu Filho ao Fonoaudiólogo?

Apesar de cada criança ter o seu próprio tempo, existe uma linha de direção para nos orientar sobre o que está dentro dos parâmetros ‘normais’ ou não, chamado de marco do desenvolvimento, existem um tempo esperado para a criança começar a engatinhar, sentar, andar e é claro, que com a fala não é diferente.

É preciso entender o que é esperado para cada idade, para então saber se realmente existe algum tipo de atraso. Na tabela abaixo é possível observar quais sons a criança já deve conseguir fazer de acordo com a sua idade:

 

Se o seu filho já passou da idade da aquisição de um dos sons acima e ainda não consegue pronunciar ele corretamente, significa que está na hora de leva-lo ao fonoaudiólogo para uma avaliação.