Respiração Oral e Distúrbio de Aprendizagem

A síndrome da respiração oral trás várias consequências e hoje vamos falar um pouco sobre as influências que esse distúrbio causa na aprendizagem.

Sabe-se que para uma aprendizagem eficaz, é necessário não apenas que pessoa esteja atenta, mas também com seu foco voltado totalmente para o conteúdo em questão. Porém, uma das características da síndrome é justamente a falta de atenção e concentração. Isso acontece pelo fato da criança ter um sono pouco reparador e consequentemente sono durante o dia.

Além dos problemas que foram citados acima, é importante ressaltar que a síndrome acarreta em um desequilíbrio respiratório. Pois o portador inspira mais ar do que expira. Por consequência, aumentam as chance de desenvolver alterações como: ansiedade, inquietação, hiperatividade e agitação, assim como os problemas de aprendizagem.

 

COMO SABER SE É A RESPIRAÇÃO ORAL QUE ESTÁ ATRAPALHANDO O APRENDIZADO DA CRIANÇA

Para saber se a criança está sendo prejudicada na sua capacidade de aprendizagem é importante que os pais e professores estejam atentos a alguns fatores:

  • A criança é desatenta;
  • Perde o foco com facilidade;
  • Tem sono durante o dia;
  • Esquece rapidamente o que aprendeu;
  • É agitada;
  • Dorme de boca aberta;
  • Tem sialorreia noturna;
  • Apresenta algum hábito oral (roer unha, uso de chupeta)
  • Episódios de rinite e/ou outras doenças respiratórias de repetição;
  • Faz uso de aparelho ortodôntico;
  • Fica de boca aberta quando está prestando atenção em outra coisa;
  • Tem dificuldade mastigatória

Se a resposta for sim para mais de duas perguntas, procure um fonoaudiólogo e/ou um otorrinolaringologistas para fazer uma avaliação adequada. Quanto antes for feito o diagnóstico mais eficaz será o tratamento.

Síndrome do Respirador Oral

A Síndrome do respirador oral, é caracterizado pela respiração inadequada. Uma vez que o sujeito respira pela boca, mas não tem consciência sobre isso.

Quando ocorre essa respiração inadequada por tempo longo demais, não só pode gerar um desequilíbrio respiratório como frequentemente ocorre problemas na saúde física e emocional.

 

QUAL A CAUSA DA SÍNDROME DO RESPIRADOR ORAL

Existem vários fatores que podem desencadear essa síndrome e geralmente começa ainda na infância, algumas das causas mais comum são:

  • Doenças respiratórias ( rinite, adenoide, sinusite, gripes recorrentes);
  • Desvio do septo nasal;
  • Alterações craniofacial
  • Uso de chupeta;
  • Chupar dedo;

CONSEQUÊNCIAS DA RESPIRAÇÃO ORAL

A respiração oral pode trazer diversas consequências ao portador da síndrome, tais como:

  • Crescimento inadequado da mandíbula;
  • Alterações na fala;
  • Dificuldade alimentar;
  • Alteração posturar;
  • Sono pouco reparador;
  • Ronco;
  • Apneia do Sono;
  • Halitose;
  • Aumento de doenças orofaríngeas;
  • Enfraquecimento dos músculos da face;
  • Alterações ortodônticas;
  • Aumento do risco de desenvolver caries dentárias;
  • Desatenção;
  • Dificuldade em memorizar;
  • Deficit de atenção e hiperatividade.
  • Distúrbio de aprendizagem;
  • Distúrbio emocional pelo fato de ter uma respiração curta e ineficaz.

 

QUAL PROFISSIONAL PROCURAR

Para ter um tratamento eficaz é importante que o portador da síndrome faça um acompanhamento multidisciplinar e os profissionais mais indicados são:

  • Otorrinolaringologista: Para tratar das doenças respiratórias;
  • Ortodontista: Ele vai avaliar e verificar a necessidade de um tratamento ortodôntico;
  • Fonoaudiólogo: Esse profissional vai reabilitar as funções respiratórias e as estruturas miofaciais.

Quanto antes iniciar o tratamento, mais rápido e eficaz serão os resultados e menos problemas relacionados a síndrome do respirador oral vai te acometer.

 

A Relação Entre Consciência Fonológica e a Alfabetização

A consciência fonológica é um conjunto de habilidades que nos permite trabalhar com os sons da fala da nossa língua. É ela que nos permite identificar o tamanho das palavras ou, ainda, se elas terminam ou começam com o mesmo som.

A consciência fonológica também é responsável por nos fazer entender que frases são compostas de palavras, que, por sua vez, são constituídas de sílabas  formadas por fonemas.

FRASE – PALAVRA – SÍLABA – FONEMA

A relação entre consciência fonológica e alfabetização

 

Engana-se quem acredita que apenas o fato de uma criança conhecer todas as letras é garantia para que ela desenvolva a leitura e a escrita. De nada adianta reconhecer as letras se ela não souber manipulá-las de forma funcional. Além de identificar a letra A, a letra B e assim sucessivamente, é necessário que a criança consiga agrupar de forma adequada os sons da letra para formar palavras.Sendo assim, pode-se dizer que a consciência fonológica é um precedente de extrema importância para a aquisição da leitura escrita.

Como estimular a consciência fonológica

 

Existem brincadeiras que podem ser feitas em qualquer lugar e que ajudam muito no desenvolvimento da consciência fonológica:

  • Brincar com as onomatopeia: onomatopeias são palavras que representam o som de animais (como o “miau” dos gatos e o “au-au” dos cachorros, o bibi da buz), objetos (como o “din-don” da campainha e o “trim-trim” do telefone), e fenômenos da natureza (como o “cabrum” do trovão e o “chuááá” da chuva). Estimular a criança a brincar com as onomatopeias, imitando esses sons pode ajudá-la a perceber que cada som representa uma coisa.
  • Brincar com rimas: as rimas são palavras que terminam com o mesmo som). Ao levar a criança a brincar com as rimas, ela começa a entender que existem palavras diferentes  com sons parecidos.
  • Brincar com aliterações: a aliteração consiste na repetição de sons no início das palavras em uma frase, verso, poema etc. Uma possibilidade para brincar com as aliterações é pedir para a criança falar palavras que comecem com o mesmo som. Assim como a rima, a aliteração ajuda na percepção de sons iguais, porém em palavras diferentes.
  • Contar quantas partes tem cada palavra: essa brincadeira é importante para a criança perceber que as palavras são formadas por partes, pedaços.
  • Cantar músicas: ajuda a memorizar palavras e letras em sequência.
  • Procurar palavras dentro de uma outra palavra. Exemplo: com SAPATO, dá para escrever sapo, pato, pata, tapo, pasto).