O Autismo, é uma condição médica, que afeta o desenvolvimento global da pessoa. O déficit na comunicação, socialização e comportamento são as principais áreas afetadas no autista, porém, cada sujeito tem a sua particularidade. Nos dias atuais sabe-se que não existe apenas um tipo de autismo e sim vários, e, por essa razão o nome técnico para essa condição é: Transtorno do Espectro Autista (TEA).
QUAL A CAUSA DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Apesar dos constantes estudos, ainda não se sabe ao certo qual é a causa do TEA, entretanto, pesquisas apontam cada vez mais para a genética. Segundo estudo realizado em 2019 os fatores genéticos é o que mais tem se mostrado determinante para a causa do autismo, (é estimado que 97% a 99% dos casos são genéticos, sendo que, 81% é de causa hereditária).
Contudo, alguns estudos mostram que fatores ambientais, como: exposição a toxinas e medicamentos pela mãe durante a gravidez, idade avançada dos pais durante concepção, e complicações no parto e pós parto. podem ter influência significativa.
Sendo assim, podemos dizer que até o momento, estudos apontam que a causa do autismo é uma combinação de fatores ambientais e genéticos.
TIPOS DE AUTISMO
O manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM, classifica o Transtorno do Espectro Autista em 3 subtipos:
- Leve – O sujeito apresenta algumas limitações mas tem alta funcionalidade e consegue trabalhar, estudar e ter relacionamentos.
- Moderado – A pessoa com grau dois tem uma média funcionalidade e precisa de um cuidado mais próximo, pode demonstrar um pouco de dificuldade em atividades do dia-a-dia como tomar banho e se vestir.
- Severo – Tem baixa funcionalidade e grande dificuldade para se comunicar e realizar atividades comum, é comum que a pessoa com TEA grau 3 precise de apoio especializado pelo longo de sua vida.
SINTOMAS
- Pouco contato visual, quando bebê não olha para a mãe durante a amamentação
- Choro ininterrupto e sem motivos aparente;
- Risada inapropriada;
- Isolamento social;
- Brinca de maneira incomum com os brinquedo;
- Movimentos repetitivos com as mãos, tronco ou cabeça;
- Hiperfoco com determinados assuntos e/ou objetos (pode gostar muito de carro, dinossauro, números);
- Agressividade;
- Empatia;
- Interesse por objetos giratórios e pode ficar girando em volta de si mesmo;
- Incômodo com estímulos sonoros;
- Seletividade alimentar;
- Atraso na aquisição da fala;
- Dificuldade para entender piadas e ditados populares;
- Não lida bem com mudanças de rotina;
- Pode apresentar problemas de aprendizagem.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico é feito por um médico Psiquiatra ou Neurologista, apesar de ser feito por análise clínica o médico pode pedir exames de sangue, imagem e entre outros para descartar outras comorbidades.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico melhor o prognóstico do paciente, apesar do TEA não ter cura, o acompanhamento profissional precoce aumenta a qualidade de vida, independência e autonomia da pessoa autista.
O tratamento é feito com um equipe multidisciplinar que envolve: Psiquiatra e/ou neurologista,fonoaudiólogo, psicólogo, neuropsicólogo,terapeuta ocupacional, psicopedagogo, além da parceria com a família e a escola.