Seu filho compreende tudo o que você fala, consegue seguir e executar ordens com facilidade, mas na hora que ele tenta falar parece que alguma coisa trava no meio do caminho e nada sai direito? Isso pode ser apraxia de fala.
O que é apraxia de fala
A apraxia de fala pode até parecer um problema de linguagem, mas na verdade é um problema motor. Isso porque a apraxia de fala é um distúrbio neurológico que afeta a execução motora dos sons da fala.
Ou seja, a criança sabe o que quer falar mas na hora de executar os movimentos motores necessários para produzir os sons da palavra ela não consegue, fazendo com que sua fala seja pouca compreendida.
Por se tratar de um diagnóstico pouco conhecido, sobretudo no Brasil, muitas crianças são diagnosticadas erroneamente com algum distúrbio de linguagem ou autismo, resultando em um tratamento inadequado e ineficaz.
Diagnóstico
Por se tratar de um problema de fala, o fonoaudiólogo é o especialista qualificado para diagnosticar a apraxia de fala, e em alguns casos se faz necessário encaminhar o paciente para outros profissionais, como neuropediatra, terapeutas ocupacionais, entre outros;
Geralmente o paciente é diagnosticado a partir dos 2 anos, isso porque, antes dessa idade a criança não consegue compreender e nem executar os comandos solicitados pelo profissional.
Sintomas
- São bebês quietos que produzem pouco som;
- Dificuldade para produzir fonemas (vogais ou consoantes);
- Trocas constantes na fala;
- Fala ininteligível ou de difícil compreensão;
- Pouca melodia de fala, apresentando uma fala monótona;
- Apresenta dificuldades para fazer movimentos com a boca, como por exemplo, mandar beijo, estalar a língua, fazer bico seguido de sorriso; problemas de mastigação;
- Frequentemente apresentam dificuldades na execução dos movimentos motores finos, como amarrar sapato, segurar um lápis, abotoar uma camisa ou amarrar um cadarço.
Tratamento
Felizmente, a apraxia de fala tem cura e quanto antes a criança iniciar as terapias, melhor o prognóstico. o tratamento vai de acordo com o grau de severidade, nos casos mais leves possivelmente somente a intervenção fonoaudiológica ajuda, porém, em alguns casos se faz necessário a intervenção multidisciplinar com terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e neuropediatras.