Fonoaudiologia Na Doença de Parkison

A doença de parkinson, é um distúrbio do sistema nervoso motor, que tem como principal característica a degeneração progressiva dos neurônios produtores da dopamina. Que é neurotransmissor muito importante para o controle dos movimentos voluntários do corpo.

Por se tratar de uma doença degenerativa. Também significa que a doença evolui com o passar do tempo. E seus sintomas vão se agravando de acordo com o grau de evolução de cada paciente.

Apesar de ainda não existir uma cura para a doença de parkinson. O acompanhamento médico é capaz de desacelerar o processo degenerativo dos neurônios e possibilitando assim, uma melhor qualidade de vida para a pessoa portadora da doença.

Apesar de ser um doença muito conhecida pelos tremores e a rigidez muscular, alteração do equilíbrio e lentidão dos movimento.  A doença de parkinson também altera a fala, podendo ocorrer dificuldade em fazer os movimentos necessários para formar a palavra, diminuição da entonação da fala e o tom da voz, alteração na produção de saliva e dificuldade para engolir, aumentando assim a tosse, o pigarro, dificuldade para engolir e consequentemente, aumentando o risco de engasgos. Além da alteração na escrita.

Quando a intervenção medicamentosa e/ou cirúrgica é associada a intervenção fonoaudiológica, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida, autonomia e independência do paciente.

Desenvolvimento Auditivo Infantil

Assim como acontece com o marco de desenvolvimento da linguagem, o desenvolvimento auditivo infantil também passa por fases. Nos quais certos comportamentos e resposta aos estímulos sonoros são esperados a partir de uma certa idade da criança.

Ficar atento ao desenvolvimento auditivo do bebê é muito importante, uma vez que, a audição é um precedente extremamente significativo para o aprendizagem da criança. E uma vez alterado, pode trazer grandes prejuízos para o progresso de aprendizado da criança. incluindo problemas na fala, dificuldade em socializar e futuramente dificuldade no processo de aquisição de leitura e escrita. Verifique abaixo os marcos do desenvolvimento auditivo infantil

DESENVOLVIMENTO AUDITIVO DE 0 A 2 ANOS

  • Recém nascido: Se assusta com os sons, pode chorar ou piscar os olhos com força;
  • 2 semanas de vida: Começa a prestar atenção nas vozes;
  • 1 mês: Começa a se assustar menos com os barulhos;
  • 2 meses: Começa a responder aos estímulos sonoros com balbucios;
  • 4 meses: Reconhece a voz das pessoas próximas principalmente a voz da mãe e começa a procurar de que lado está vindo o som;
  • 6 meses: á consegue localizar de onde vem o som;
  • 8 meses: Já olha quando alguém o chama pelo nome e começa a demonstrar reações de quando gosta ou não de algo;
  • 9 meses: Já consegue associar o nome com os objetos;
  • 1 ano: Já compreende ordens simples, como: “dá tchau!, “manda beijo”;
  • 1 ano e 6 meses: Já reconhece as partes do corpo;
  • 1 ano e 9 meses: já aponta os objetos que ele conhece quando é solicitado. Por exemplo: “cadê a bola?”;
  • 2 anos: Compreende ordens mais complexas e já tem capacidade de responder perguntas simples utilizando a linguagem oral.

Ao notar que seu bebê não está dentro do esperado para sua idade, converse com seu médico de confiança.

Como Preparar a Criança Para a Escrita

Que para escrever é necessário o movimento das mãos, todos já sabem. Mas você sabia que o preparo desse controle motor começa bem antes? O artigo de hoje é para falar justamente sobre isso: “Como preparar a criança para desenvolver a escrita”.

Como Preparar a Criança Para e Escrita

O primeiro passo é se certificar que a criança tenha controle sobre o movimento do seu próprio corpo, afinal, antes de ter domínio em segurar o lápis da forma correta é necessário que a pessoa consiga ter equilíbrio de tronco para permanecer sentado.

Segundo: Quando a criança já domina seu próprio corpo, consegue correr, pular, dançar, abaixar e levantar, é necessário estimular o movimento do seu pulso, é esse movimento que irá ajudar ela fazer os traços e desenhos da letras futuramente.

Terceiro: Trabalhar a habilidade motora fina, afinal, ela é essencial para a criança conseguir usar os seus cinco dedinhos para segurar o lápis e fazer movimentos delicados e minuciosos.

Atividades Para Preparar a Criança Para a Escrita.

Brincadeira para trabalhar o fortalecimento muscular e controle corporal

  • Escalar;
  • Pular;
  • Correr;
  • Dançar
  • Passar por debaixo da mesa, pernas e etc;
  • Amarelinha;
  • Pega-pega;
  • Chutar a bola;

Brincadeira para trabalhar a motricidade fina.

  • Passa anel;
  • Massinha de modelar;
  • Amassar papel e tentar formar uma bola;
  • Rasgar papel com as mãos e posteriormente deixar a criança usar a tesoura;
  • Pintar com os dedos e posteriormente com um pincel;
  • Pegar objetos com um prendedor de roupas
  • Abrir e fechar tampa de garrafa pet ou tirar a porca de um parafuso;
  • Fazer furos em um papel e pedir para criança colocar o lápis dentro desses furos.

Agora que você já sabe que antes de pegar o lápis  a criança precisa primeiro brincar,  reserve uma parte do seu dia e brinque com ela. Lembre-se, para que a criança alcance toda sua capacidade para aprender é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas brincadeiras.

Transtorno Específico de Linguagem

O transtorno específico de linguagem (TEL), também conhecido como distúrbio específico de linguagem. É a dificuldade persistente em adquirir e desenvolver a fala e linguagem.

Muitas vezes, o atraso de fala  é decorrente de outras comorbidades. Como: Perda auditiva, autismo, deficiência intelectual, apraxia motora de fala, má formação estrutural dos músculos da face, síndromes, falta de estímulo ambiental. Entre outros.

Porém, a pessoa com TEL não apresenta nenhuma alteração. Ou seja, ela tem todas as condições físicas e intelectuais para desenvolver a fala, mas ainda assim, ela não consegue. 

Considerando que a aquisição da linguagem oral é um fator determinante para a aprendizagem da leitura e escrita. Pode-se concluir que a criança com transtorno específico de linguagem irá apresentar enormes dificuldades na fase de alfabetização. Gerando uma sensação de fracasso escolar, ansiedade, timidez e muitas vezes a criança passa a se isolar, pois os colegas de classe tem dificuldade de entender e conversar com ela. 

Quais as Causas do Transtorno Específico de Linguagem

O TEL é uma alteração da organização linguística, ou seja, o cérebro não consegue organizar os processos necessários para formar as palavras. A ciência já sabe que a origem do transtorno é genético, mas ainda não acharam um gene determinante para o TEL.

Sinais e Sintomas:

  • Aquisição de fala atrasada;
  • Dificuldade para combinar palavras;
  • Troca os sons da fala em idade onde não deveria ocorrer mais determinadas trocas;
  • Não consegue estruturar uma frase (não sabe usar de forma adequada pronomes, verbos, preposições);
  • Inversão de sílabas nas palavras;
  • Fala ininteligível (as pessoas não conseguem entender o que ela fala);
  • Dificuldade para relatar fatos ou contar histórias;
  • Não apresenta nenhuma outra comorbidade que explique a dificuldade de fala;
  • Tem estímulos de fala no ambiente em que vive e mesmo assim não desenvolve a fala.

Diagnóstico e Tratamento.

O diagnóstico do transtorno específico de linguagem é feito através de exclusão clínica, uma vez que é necessário ter certeza que o paciente tem todas as condições para desenvolver a fala e linguagem e o profissional da área (fonoaudiólogo) possa desenvolver estratégias terapêuticas adequadas com o caso.

Frequentemente é solicitado exames como: Audiometria, bera, P300, oftalmológico, neuropsicológico, E também avaliação de outros profissionais, como: Neuropediatra, psiquiatra infantil.

Dependendo do grau do TEL, a pessoa pode conviver com algumas dificuldade durante toda a sua vida, porém, o tratamento fonoaudiológico auxilia para que a pessoa consiga melhorar o desenvolvimento da comunicação e ter o processo de alfabetização dentro do esperado para sua faixa etária.

Marco de Desenvolvimento da Linguagem

Engana-se quem acha que linguagem é apenas o ato de falar. os conceitos de comunicação vão muito além disso. O marco de desenvolvimento da  linguagem começa a partir dos primeiros dias de vida e começa bem antes da aquisição da fala. Abaixo é possível observar o desenvolvimento da linguagem durante o crescimento do bebê

Marco de Desenvolvimento da Linguagem – 1 mês de vida aos 6 anos de idade

  • 1 a 3 meses – O bebê se comunica através do choro e faz alguns sons com entonação diferente. Se acalma com a presença de pessoas que cuidam dela. Sorri e presta atenção quando falam com ele.
  • 4  a 6 meses – Começa a procurar de onde está vindo o som. Usa gritinhos para se comunicar e tenta vocalizar quando alguém está conversando com ele.
  • 7 a 11 meses – Aprende a dar tchau, apontar, bater palma. Emite sons e tenta repetir palavras.
  • 12 meses – Já sabe seu próprio nome quando alguém o chama. Começa a falar as primeiras palavrinhas, faz imitação de ações e compreende ordens simples (“manda um beijo”, dá tchau”).
  • 18 meses – Já sabe formar frases curtas e simples com 2 a 3 palavras.
  • 2 anos – Tem um vocabulário maior, com aproximadamente 300 palavras. Já faz perguntas sobre as coisas (o que é isso?). Forma frases e compreende quando estão falando.
  • 3 anos – Nessa idade as pessoas já conseguem entender tudo o que a criança fala, porém ainda apresenta bastante erros. (gramaticais, inversão de sílabas e etc.).
  • 4 anos – A criança já questiona sobre as coisas e tem capacidade de contar e inventar histórias. Porém, ainda pode apresentar erros gramaticais na fala.
  • 5 anos – Tem um vocabulário semelhante de um adulto e fala corretamente. Sem trocas gramaticais ou inversão de sílabas na fala.
  • 6 anos – Começa a ser alfabetizado e inicia o processo de aquisição de leitura e escrita.

QUANDO DEVO PROCURAR UM PROFISSIONAL PARA O MEU FILHO?

Se o seu filho já completou 1 ano e 6 meses e ainda não fala, demonstra dificuldade para compreender quando estão falando com ela ou faz pouca imitação. Chegou a hora de procurar um fonoaudiólogo para avaliar e identificar quais as causas para o atraso da fala e linguagem.