Perda Auditiva Nos Jovens

Quando falamos em perda auditiva, geralmente associamos as pessoas mais velhas. Afinal de contas, é comum que com o decorrer dos anos, as células do ouvido vão se deteriorando e com isso ocorre a presbiacusia (diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento). Porém, a cada dia que passa, é mais comum encontrar jovens com perda auditiva. 

Estima-se que 1 a cada 5 jovens nos dias atuais apresentam algum grau de perda auditiva. Segundo o Organização Mundial de Saúde, estima-se que 1,1 bilhão de jovens (com idades entre 12 e 35 anos) correm risco de perda auditiva.

Causas da Perda Auditiva no Jovem.

A perda auditiva pode ser gerada por vários fatores:

Doenças Congênita: Doenças adquiridas pela mãe durante a gestação (como rubéola e Sífilis), baixo peso no nascimento, icterícia grave ao nascimento e uso de medicações ototóxicas pela mãe durante a gravidez.

Causas adquiridas: Doenças infecciosas (como o sarampo, meningite, caxumba), infecções crônicas no ouvido, lesão ou tumores na cabeça ou no ouvido, envelhecimento, e a exposição ao ruído.

Apesar das causas para apresentar uma diminuição auditiva serem várias, a OMS indica que 60% dos casos de perda auditiva em jovens poderiam ser prevenidos. Já que estudos apontam que o maior vilão auditivo da população mais jovem é a exposição ao ruído devido ao uso excessivo do fone de ouvido. 

Impactos Emocionais e Sociais 

A dificuldade em não ouvir outro, não conseguir assistir um filme ou série, ou manter uma conversa em um lugar que contenha um pouco mais de ruído de fundo. Gera na pessoa um distanciamento social. Por isso, não é incomum encontrar pessoas que nasceram com a audição normal e que perderam gradativamente a audição apresentarem depressão ou transtorno de ansiedade devido a diminuição da acuidade auditiva.

Como Prevenir a Perda Auditiva Induzida Por Ruído

Se você trabalha em ambientes ruidosos, como empresas automotivas, serralheria, obras, e entre outros, faça o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Pessoas que trabalham com o uso de fones Headset, como os profissionais de telemarketing, façam audiometrias regulares e.

Para quem não dispensa o uso do fone de ouvido para ouvir músicas ou assistir filmes e séries. É necessário seguri algumas recomendações:

  1. Não ultrapasse a metade do volume máximo permitido pelo aparelho;
  2. o uso máximo de 4 horas diárias, dando um intervalo de 1 hora de uso após as duas primeiras horas. Se o volume do aparelho estiver no máximo esse tempo de uso diário é REDUZIDO para 1 hora por dia;
  3. Opte por fone de ouvido em concha e que tenha um bom isolamento do ruído externo. Isso evita a necessidade de aumentar o volume do aparelho.

Identificando a Perda Auditiva

Quanto mais cedo detectar a perda auditiva, melhor o prognóstico e tratamento, para isso é extremamente importante fazer o exame de audiometria regularmente com o fonoaudiólogo. Caso o exame apresente alguma alteração o profissional vai avaliar o caso e indicar o melhor tratamento.

Dislexia

A dislexia é considerado um transtorno de aprendizagem, de origem neurobiológica, que afeta principalmente a habilidade de lidar com as letras. Ou seja, o cérebro, por algum motivo ainda não identificado, tem dificuldade em associar, reconhecer e decodificar os sons da língua.

É importante ressaltar, que a dislexia não tem absolutamente nada haver com deficiência intelectual, inclusive, é comum que algumas pessoas com dislexia apresentam um QI (quoeficiente de inteligência) acima da média.

Como já mencionado, esse transtorno está diretamente ligado à dificuldade de manipular os sons e as letras da nossa língua. Mas o que isso significa? Para conseguir ler e escrever bem, é necessário que a pessoa tenha a habilidade de identificar que textos são formados por frases, que são formadas por palavras, que são formadas por sílabas e que por fim, são formadas por letras.

Na dislexia, esse processo que chamamos de consciência fonológica não está bem estruturado, e como consequência, acaba atrapalhando o processo de alfabetização na leitura e escrita. Apesar da dificuldade em ler e escrever ser a queixa mais conhecida na dislexia, esse transtorno não afeta somente isso.

Sinais de Dislexia:

  • Se dispersa com facilidade;
  • Baixo nível de concentração;
  • Geralmente apresenta atraso na aquisição de fala e linguagem;
  • Dificuldade em brincar de rima;
  • Desenvolvimento motor pode estar atrasado;
  • Não gosta ou tem dificuldade em atividades como quebra cabeça, ou montar blocos;
  • Apresenta dificuldade em aprender letras e números;
  • Na fase escolar, pode ter erros padronizados na escrita, como espelhamento (b-d, p-q) e trocar letras com sons semelhantes (t-d,f-v,s-z);
  • Lentidão para copiar o conteúdo da lousa;
  • Pode ser desorganizado e perder suas coisas com facilidade;
  • Falta de interesse e dificuldade na leitura.

Tipos de Dislexia

Visual:  Pessoas com esse tipo de dislexia, apresentam dificuldades de lateralidade e noção de espaço, e bastante dificuldade da leitura, frequentemente espelha letras e números. (b – d, p – q).

Auditiva ou Fonológica: Nesse tipo de dislexia, a pessoa apresenta dificuldade em associar o fonema (som da letra) com o grafema (desenho da letra). Na dislexia fonológica, também é comum que o indivíduo apresente pouca habilidade em manipular os sons da língua, e como consequência tem dificuldade em trabalhar com rimas, aliteração, ou até mesmo separar uma palavra em partes menores. É comum encontrar erros como: trocar letras com sons parecidos (t-d, p-b, s-z, lh-nh.).

Dislexia Mista: Como o próprio nome sugere, a dislexia mista é quando a pessoa apresenta tanto características da visual como da auditiva/fonológica.

Diagnóstico e Tratamento:

A idade mais adequada para iniciar a investigação sobre qualquer transtorno de aprendizagem é depois dos 7 anos de idade. Quando a criança já estiver inserida em um ambiente escolar. Geralmente a dificuldade é observada pelo professor e junto com a família procuram especialistas: Neuropsicólogo, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo. Para fazer a avaliação e se for necessário, começar a intervenção terapêutica. 

A Dislexia não tem cura, mas com tratamento adequado a criança tem total condição de lidar com as dificuldades escolares e seguir em frente na sua jornada.

Habilidades Auditivas

Você sabia que ter a audição normal não significa necessariamente escutar bem? A audição é compostas por várias habilidades auditivas e cada uma dessas habilidades tem uma função extremamente importante para concluir o processo do ouvir.

Esse conjunto de habilidades é chamado de processamento auditivo central. E no artigo de hoje você vai aprender quais são essas habilidades e qual o papel de cada uma delas.

HABILIDADES AUDITIVAS

  • Atenção: É a habilidade de acompanhar um estímulo auditivo mesmo que sua atenção esteja voltado para outra coisa. Por exemplo, perceber que tem alguém chamando o vizinho mesmo se você estiver ocupado assistindo tv.
  • Detecção: Conseguir detectar se tem um som presente ou a ausência desse som. Sabe aquela brincadeira dança da cadeira? onde você só pode sentar quando parar de tocar a música? É um ótimo exemplo de detecção auditiva.
  • Localização: A capacidade do indivíduo saber de que lado está vindo o som. Sabe quando alguém te chama no meio da rua e você sabe exatamente para onde olhar? Pois fique sabendo que você só consegue fazer isso graças a essa habilidade auditiva.
  • Discriminação: É A habilidade de conseguir perceber as semelhanças e diferenças dos sons. É graças a discriminação auditiva que você consegue perceber que vaca e faca são palavras diferente.
  • Figura-fundo: Conseguir perceber o que está sendo falado mesmo com ruídos  de fundo. Por exemplo, conseguir entender e manter uma conversa com uma pessoa no barzinho, ou entender o que a professora está explicando apesar do barulho que o resto da turma está fazendo
  • Integração binaural: Conseguir entender os estímulos auditivos que entram de forma simultânea ou alternada em ambas orelhas. Como por exemplo, ouvir música com fone de ouvido, apesar de estar ouvindo estímulos nas duas orelhas , você consegue compreender a música.
  • Separação binaural: Diferente da integração binaural, essa habilidade faz você separar o que está ouvindo e manter atenção apenas no que é importante. Um jeito fácil de entender, é se imaginar ouvindo música com o fones de ouvido, e no meio da música precisa tirar um dos fones para conversar com outra pessoa. Apesar de ter um estímulo sonoro em uma das orelhas, você consegue focar apenas na orelha que está ouvindo a outra pessoa.
  • Fechamento auditivo: É habilidade de entender uma frase ou palavra, mesmo faltando uma parte dela. Um exemplo é quando estamos conversando no celular e a ligação falha durante a conversa, mesmo com essa pequena falha você consegue entender o que a pessoa quis dizer.
  • Ordenação temporal: Conseguir entender a intensidade, frequência e duração dos sons é possível graças a essa habilidade auditiva, sem ela, você não seria capaz de distinguir sons agudos e graves, altos e baixos, ou entender a entonação de perguntas ou afirmativa, por exemplo.
  • Memória Auditiva: Como o próprio nome já diz, essa habilidade é responsável pela memorização dos estímulos auditivos. É graças a ela que somos capazes de lembrar de nomes, decorar músicas ou conseguir lembrar a explicação que o professor deu na aula passada. 

ALTERAÇÃO NAS HABILIDADES AUDITIVAS

Quando uma ou mais dessas habilidades não funcionam de modo adequado, chamamos de transtorno do processamento auditivo central. E se não tratada, a pessoa pode apresentar problemas na aquisição de aprendizagem, dificuldade de leitura e escrita, problemas de fala entre outros problemas.

Se você ou seu filho apresentar sintomas como: Deficit de atenção, troca nas letras quando fala e/ou quando escreve, pergunta constantemente o que? ou então, não entendi! Esquece muito rápido o que aprendeu, apresenta dificuldade em seguir ordens, apresenta dificuldades escolares. Procure um fonoaudiólogo para te orientar e avaliar.

Mitos e Verdades Sobre Cuidado Vocal

A voz é parte essencial para a comunicação humana, além de ser responsável em dar “vida” a nossa fala. Ela também tem um papel importante sobre a identidade de cada pessoa. Através dela sabemos se alguém está triste, feliz, com raiva e ninguém tem uma voz igual a outra. Porém, algumas pessoas só dão valor a esse bem tão precioso quando ele começa a falhar. E muitas vezes acaba fazendo mal para sua própria vez sem nem saber. No artigo de hoje vamos falar sobre mitos e verdades sobre o cuidado vocal.

Mitos e Verdades Sobre o Cuidado Vocal

Quem aqui nunca ouviu uma receitinha de vó, ou aquele chazinho milagroso que a vizinha faz? Bom, algumas dessas dicas podem até ajudar, porém será que tudo o que você sabe sobre “cuidados vocais” está certo?

Vamos a listinha de mito e verdade.

MITOS

Gengibre é bom para a voz: MITO, Esse alimento tem sim propriedades boas, ele tem substâncias anti inflamatórias e ajuda a melhorar a imunidade geral do corpo, pensando assim, porque será que ele não faz bem a voz? O gengibre tem um efeito anestésico, e quando entra em contado com a boca e todo o trato vocal acontece o que? Ele anestesia o local e isso dá uma falsa sensação de melhora e induz a pessoa a forçar a voz. Porém quando e efeito passa além da voz não ter melhorado, pode até ter piorado.

O pigarro ajuda e limpar a garganta: MITO, a força ao pigarrear é tão forte, que ao fazer isso ocorre um atrito entre as pregas vocais e isso pode inclusive criar lesões no seu trato vocal. Se sentir vontade de pigarrear, tome um gole de água ou tente engolir com força.

Bebida alcoólica ajuda a aquecer a voz: MITO, Quando se trata de bebida alcoólica, principalmente as quentes, existe uma falsa sensação de que a garganta e a voz estão aquecidas, porém, assim como em todo o corpo, o álcool acaba desidratando a as pregas vocais, além disso, ele também tem um efeito anestésico e a pessoa acaba fazendo um uso inadequado da sua voz sem nem mesmo perceber.

Chupar pastilhas é bom para a voz: MITO, Assim como acontece com o gengibre, as pastilhas têm um efeito anestésico e isso dá a falsa sensação de estar tudo bem, se você estiver com dor de garganta, pode até dar um alívio instantâneo, então se vocẽ for fazer uso de pastilhas ou até mesmo o gengibre, se certifique de não usar a voz nas próximas horas.

Sussurrar preserva a voz: MITO, assim como gritar, o sussurro também pode machucar as pregas vocais, para sussurrar exige um esforço maior do trato vocal e isso pode causar lesões, o mais indicado é falar no tom normal de voz.

VERDADES

Maçã faz bem para a voz: VERDADE, Essa frutinha é uma ótima aliada dos cuidados vocais, ela tem propriedades adstringentes, e funciona como um “detergente” do trato vocal. Além de ajudar a limpar, ela deixa a saliva mais fina e isso possibilita uma voz mais limpa.

Beber água é bom para voz: VERDADE, Chamamos de líquido da vida por um bom motivo. A água além de hidratar todo o corpo, ela ajuda a deixar a mucosa da boca mais fina. Isso permite que engolir a saliva fique mais fácil e a voz sai com mais facilidade.

Chocolate é prejudicial para voz: VERDADE, não só o chocolate, como alimentos derivados do leite aumento a viscosidade da saliva, fazendo com que a pessoas faça mais esforço para falar. Então se você for apresentar um trabalho ou qualquer atividade que tenho como foco o uso da sua voz, é bom evitar esses alimentos.

Gritar prejudica a voz: VERDADE, ao gritar, gera um forte impacto nas pregas vocais, e isso acaba gerando um edema e uma vermelhidão, por isso é tão comum pessoas ficarem roucas depois de uma festa ou de um show. Quando o hábito de gritar é algo recorrente, pode gerar lesões mais graves na prega vocal.

Água gelada faz mal para a voz: DEPENDE, O gelado tem um efeito anestésico, então se você for usar a voz em seguida, não é indicado a ingestão nem do gelado e nem do quente. É importante ressaltar que algumas pessoas tem um organismo mais vulnerável e qualquer líquido ou alimento gelado pode gerar uma inflamação na garganta. Neste caso, SIM, água gelada faz mal. Já outras pessoas não apresentam problemas, então, a não ser que for fazer uso da voz, o gelado não vai ter um impacto muito grande.

Cuide bem da sua voz, e se acontecer qualquer falha com ela, procure um fonoaudiólogo.

Perda Auditiva

A audição é responsável por diversos aprendizados, entre eles está a aquisição da fala e da linguagem, desenvolvimento social, conversar, assistir um filme sem a necessidade de legenda, aprender novos idiomas, e muito mais. Mas mesmo sendo um sentido tão importante, as pessoas só dão o seu devido valor quando aparece algum sinal de perda auditiva (PA).

O Que é a Perda Auditiva?

A perda auditiva é quando ocorre a diminuição parcial ou total da habilidade em detectar os sons, e pode ocorrer em uma ou em ambas as orelhas ao mesmo tempo. Pode ocorrer nos graus: leve, moderada, severa e profunda ou então a perda total da capacidade de ouvir. que é definido como surdez.

Causas da Perda Auditiva

A causa mais frequente, ocorre pela idade. Assim como todo o corpo, com o avanço da idade as células envelhecem e morrem. Essa causa natural é chamada de presbiacusia, 

porém, outros fatores como: 

  • Infecções;
  • Doenças genéticas;
  • Uso prolongado de medicamentos ou substâncias químicas ototóxicas (quando a substância é nociva as células do ouvido);
  • Traumas na cabeça e/ou ouvido;
  • Exposição prolongada em ambientes ruidosos;
  • Uso excessivo dos fones de ouvido;
  • Uso de drogas e medicamentos da gestante ou doenças como sífilis e toxoplasmose podem causar a perda auditiva no bebê.
  • Má formação congênita;
  • Tumores cerebral;
  • Perfuração do tímpano;
  • Entre outros.

Tipos de Perda Auditiva.

Existem 3 classificações de PA, e cada tipo tem um tratamento e prognóstico diferente. 

 

Condutiva: Quando ocorre algum problema ouvido externo ou médio e isso impede a condução do som até o ouvido interno, geralmente a causa para essa perda auditiva é devido a problemas como excesso de cera no canal auditivo, infecções no ouvido como otite, ou perfuração do tímpano. Na maioria dos casos, a perda condutiva é reversível.

Neurossensorial: Acontece quando o ouvido interno ou o nervo auditivo estão alterado, impedindo assim que o som chegue até o cérebro. na grande maioria das vezes a perda neurossensorial é gradual. A causa mais comum é o avanço da idade ou a exposição prolongada a ruídos, mas também pode ocorrer por doenças hereditárias ou a criança já nascer com esse tipo de perda. Esse tipo de perda não é reversível e frequentemente se faz necessário de aparelhos auditivo ou implante coclear.

Mista: Como o próprio nome já diz, essa perda é quando o indivíduo apresenta as duas perdas: Condutiva e neurossensorial.

 

Como Identificar a Perda Auditiva?

Exames como audiometria e imitanciometria, que são realizados pelo fonoaudiólogo especialista em audiologia, são capazes de diagnosticar qual o tipo de perda a pessoa apresenta, e a partir desse exame, o fonoaudiólogo junto com o meio otorrinolaringologista irão prescrever o melhor tratamento.